Miguel, a debutant director, and his young team live a series of tribulations during the shootings of their first film, which unrolls between Lisbon, Venice, Paris and Madrid.
Se conhecêssemos tão bem o cinema português como o de outros países, talvez este "1.ª Vez 16mm" fosse o nosso filme de culto: o The Room português, que é ainda mais fascinante que a obra de Tommy Wiseau. Tudo correu tão mal, que nos states o filme de Rui Goulart foi considerado experimental. Mas não: entre tanta coisa estranha há que contemplar os simbolismos bizarros que polvilham todo o filme, a forma muito, muito deprimente com que o realizador lida com a história pseudo-autobiográfica que queria contar, e os constrangedores momentos de autocrítica, em que o autor goza/santifica - o espectador escolhe - os seus métodos de produção, que passam por enviar cartas para toda e qualquer empresa disposta a pagar uns cobres para aparecer durante uns segundos de película (vemo-lo a ir aos correios proceder ao envio desses pedidos), não pagar à equipa técnica e viver de filmagens dominadas por um constante..."improviso". E há muito mais, neste espécime de filme hilariante (cuidado para não se engasgarem), extraordinariamente mal feito (não há nada que se salve), e que foi uma das experiências mais perturbadoras que tive na minha vida. Preparem-se para um festival de nonsense acidental, (não encontrem respostas para nada em parte alguma desta fita), um daqueles acidentes que dá prazer ver do início ao fim.